A Solidão e Sua Porta
(de Carlos Pena Filho)
Quando mais nada resistir que valha
A pena de viver e a dor de amar
E quando nada mais interessar
(Nem o torpor do sono que se espalha)
Quando pelo desuso da navalha
A barba livremente caminhar
E até Deus em silêncio se afastar
Deixando-te sozinho na batalha
A arquitetar na sombra a despedida
Deste mundo que te foi contraditório
Lembra-te que afinal te resta a vida
Com tudo que é insolvente e provisório
E de que ainda tens uma saída
Entrar no acaso e amar o transitório
Que lindo! De fato, terapia!
ResponderExcluirCarlos Pena Filho é dos grandes poetas brasileiros em que não se fala muito.Que bom encontrá-lo aqui.De vez em quando dou uma olhada no "Livro Geral", dá vontade de sair mostrando...
ResponderExcluir